Eu me lembro como a série Baldur’s Gate foi revolucionária pro mundo dos amantes de RPG e videogames. História sensacional, diálogos maravilhosos, regras de Dungeons & Dragons seguidas à risca, customização da sua própria equipe e por aí vai.
No ano passado, quase 20 anos depois do último Baldur’s Gate, a Larian Studios anunciou o terceiro game da série. Um trailer do game foi publicado logo depois do anúncio e, alguns poucos meses depois, ele entrou em Early Access – uma versão incompleta do jogo que recebe constantes atualizações até ficar pronto.
Como super fã da franquia (e também como possuidor de um generoso cupom do Google Stadia Pro, huaeahueahuea), resolvi ver qual é.
Primeiro, vamos à história: os Mind Flayers (aquelas criaturas psíquicas com cabeçca de polvo) estão invadindo novamente. O jogador e os companions principais são infectados no cérebro com um verme que os transformará em mind flayers, mas por algum motivo ainda não revelado o processo não tá funcionando muito bem.
Na verdade, os vermes dão poderes aos seus personagens. Você consegue ler mentes, fazer um link entre seus pensamentos e os de outra pessoa, etc. Mas quanto mais você usa esses poderes, mais fácil você pode ser controlado quando encontrar um Mind Flayer.
Então você e seus companions estão em uma missão para encontrar um curandeiro para tirar esses mind flayers dos seus cérebros. Seu personagem se junta a Asterion (um elfo vapiro), Shadoheart (uma meia-elfa clériga), Gale (um humano mago), Wyll (um warlock humano) e Lae’zel (uma Githyanki guerreira). Cada um tem seu próprio background, diálogos diferentes, segredos e personalidades completamente conflitantes!!!
Os companions, por sinal, são boa parte da graça do jogo. Todos eles muito diferentes, únicos, trágicos e bem humorados. Vemos muito do primeiro Dragon Age aqui, onde você pode interagir com seus time nos acampamentos e você pode até se relacionar com eles. Assim como Mass Effect, você também vai ficar muito envolvido com suas histórias, personalidades e segredos.
Sobre a jogabilidade, Baldurs Gate 3 é em combate por turnos, com rotação total em 3D, onde tudo pode ser feito. Se você quer dar uma espadada ou soltar uma magia, manda bala. Se você quiser escalar o telhado de uma casa para ter um alcance maior com seu arco, também é uma excelente jogada. Se um inimigo seu está na beirada de uma elevação, você pode ir lá e dar um empurrão nele!! Você tem muita liberdade, podendo até jogar uma caneca de cerveja na cabeça de um goblin!
Sobre os gráficos, eu fiquei bastante impressionado. Eu joguei no Stadia Pro, que tem imagens em 4K e 60 FPS (coisa que meu laptop de 2011 que eu tenho aqui nunca rodaria). Tudo é muito bonito e as expressões, os movimentos, os cenários são todos incríveis… Mas não sei como tudo fica nas resoluções baixas.
Agora, vamos lembrar uma coisa: o game está em Early Access. E o que isso quer dizer?
- A história do jogo está incompleta: tem muita, MUITA coisa pra fazer na atual build do jogo. Temos um mapa imenso, uma caralhada de missões, diálogos, situações, aliados e inimigos. Mas ainda assim a história principal termina no meio.
- Feedback: os desenvolvedores estão coletando um monte de feedback dos fóruns, então o jogo muda muito de um build pro outro. Nessa última atualização teve tanta mudança nas mecânicas que eu tô tendo outra experiência de jogatina.
- Bugs: o jogo vai travar um monte de vezes. Personagens vão aparecer em cima dos outros nas cut scenes e por aí vai. Por enquanto não peguei nada no nível jogos da Bethesda, mas ua vez o Asterion estava lendo um livro e o livro ficou grudado na mão dele por um tempão, huaeahueahuea.
Não estou acostumado a jogos em Early Access. Sou do tempo dos jogos em fita de videogame, onde tudo tinha que estar 100% pra sair.
Mas confesso que estou gostando do que estou vendo. Estou acompanhando os desenvolvedores coletando os feedbacks nos fóruns e implementando no game. Tá quase um jogo feito por eles e pelos fãs. Eles fazem questão de gravarem vídeos (de uma forma MUITO bem humorada, huaeahueahuea) depois falando de tudo o que eles coletaram de feedback e que implementaram no jogo.
Baldur’s Gate 3, por enquanto, é um jogaço! Tipo do jogo que eu amo demais: muitos diálogos, liberdade total pra agir como quiser, tudo que você faz pode mudar o rumo das coisas e excelentes opções pra quem, como eu, gosta de jogar todos os pontos no carisma e resolver tudo no papo.
Me diverti muito jogando o Early Access (fiz duas jogatinas completas, uma com um elfo ranger e outra com um meio elfo warlock, em builds diferentes). Agora,, pra cmprar o jogo em Early Access, só se você gostar muito desse gênero e do universo, assim como eu. Porque toda vez que o jogo é atualizado você tem que começar tudo de novo.
Por enquanto, a minha nota é 9. Quando sair a versão final, no ano que vem, jogo novamente e faço outro review pra atualizar.