Esquadrão Suicida: 8 histórias que valem (ou seja, nada de N52)

ss2

Aproveitando a estreia da adaptação da Warner, resolvi revisitar algumas das histórias que realmente fizeram a diferença na história da equipe. Como não li o ES dos Novos 52 – e nem pretendo – , não esperem nada da Arlequina por aqui.

Esquadrão Suicida ou Força-Tarefa X, para quem não sabe (acho que todo mundo que lê o MDM sabe, mas eu não consigo escrever pouco), surgiu pela primeira vez em 1959, durante a Era de Prata, mas acertou os holofotes com força mesmo a partir da saga Lendas, em 1987, numa versão reformulada por John Ostrander (e com colaboração esporádica de Kim Yale), numa época em que a DC trouxe um maior realismo às histórias ao fazer o governo reconhecer o impacto dos meta-humanos e, é claro, começar a usá-los em suas operações. Ostrander mesclou com sucesso histórias de espionagem com as maluquices de histórias de super-herói, como monstros, invasões alienígenas e superseres e aperfeiçoou a caracterização de vilões buchas de quinta categoria como Pistoleiro e Capitão Bumerangue, elevando seus respectivos status no Universo DC. A fase de Ostrander durou 5 anos (66 edições), e depois a equipe foi reformulada outras vezes, até a versão atual, mas a fase do autor até agora conta com histórias insuperáveis. Confira algumas:

8. A primeira missão
Durante a saga “Lendas”, em que Darkseid mira nos super-heróis da Terra, Amanda Waller coloca Rick Flagg no comando de uma reformulada Força-Tarefa X que, diferente de sua versão da Era de Prata, é constituída de supervilões em busca de diminuir sua pena. São eles: Pistoleiro, Capitão Bumerangue, Arrasa-Quarteirão, Tigre de Bronze e Magia. A missão é derrubar o vilão Enxofre, que está à solta. A história saiu em Lendas #3.
(obs.: a imagem de capa é da primeira edição da revista do Esquadrão, não de Lendas #3, do qual esta história se refere. Optei por ilustrar com uma capa que tivesse o Esquadrão Suicida).

7. Esquadrão Suicida X Liga da Justiça Internacional
Durante uma missão completamente fracassada na Rússia para resgatar uma escritora (que no fim das contas não queria ser resgatada) e que quase causou um incidente internacional, um dos membros do Esquadrão e amigo de Rick Flagg, Nêmesis, acaba preso pelo governo Russo. Decidido a resgatá-lo e sem o apoio de Waller ou do governo, Flagg forma um time sem autorização para buscar o colega. Para tentar colocar panos quentes na situação e evitar a exposição da sua equipe, Waller convence Maxwell Lord a enviar a Liga da Justiça para impedir o Esquadrão de fazer besteira. A história foi publicada em Justice League International #13 e Suicide Squad #13; no Brasil, saiu em Liga da Justiça Internacional (Abril) # 14 e 15.

 

6. O encontro com o Bátema
No primeiro encontro (de muitos que se seguiriam) de Batman com o Esquadrão, o Morcego fica boladasso de descobrir que o governo americano está usando Supervilões para fazer seu trabalho sujo e decide se infiltrar na prisão de Belle Reeve (base de operações do Esquadrão) para bater um papo com Amanda Waller e Rick Flagg. Apesar de me incomodar que usem o Batman em todo o tipo de história apenas para incrementar vendas, Esquadrão Suicida é um dos poucos casos onde a dinâmica do personagem com a equipe sempre ressalta ambos positivamente. Essa história saiu em Suicide Squad #10 e no Brasil, em Liga da Justiça Internacional #12.

 

5. “Rodada Final”
Quando um senador descobre sobre o Esquadrão Suicida, Rick Flagg não vê outra opção a não ser assassiná-lo ao descobrir que este estava chantageando Amanda Waller para usar o Esquadrão para seus interesses (em particular sua reeleição). Nesta história típica de espionagem e cheia de conspirações políticas, Waller acaba mandando o Pistoleiro atrás do Flagg para impedir que ele mate o Senador e acabe com a sua carreira. Nenhum dos planos (da Waller, do Flagg ou do senador) correm exatamente como o planejado e a dinâmica do Esquadrão muda completamente. Foi originalmente publicada em Suicide Squad #21 e 22; no Brasil, em Liga da Justiça Internacional 22 e 23.

 

4. A origem do Tigre de Bronze
É claro que o sucesso do Esquadrão Suicida trouxe diversas histórias spin-off de alguns dos membros, algumas em minissérie própria (como o Pistoleiro), outras na própria revista do Esquadrão. No caso do Tigre de Bronze, que sofreu lavagem cerebral pela Liga dos Assassinos, ficamos sabendo do seu treinamento e de sua história pregressa de forma mais aprofundada. Saiu em Suicide Squad #38 e, no Brasil, em Liga da Justiça Internacional #38.

 

3. O primeiro fim do esquadrão Suicida
Com o Esquadrão exposto na mídia criando um constrangimento para o governo, este decide encerrar as operações da equipe. Sabendo das consequências, Amanda Waller lidera ex-membros da equipe numa missão improvisada para acabar de vez com o Loa, uma organização criminosa/mística que lançou uma droga nas ruas dos EUA. Saiu em Suicide Squad #39 e, por aqui, em Liga da Justiça Internacional #40.

 

2. O retorno do Esquadrão
1 ano depois do fim oficial do Esquadrão Suicida, Waller é tirada da prisão e colocada de volta à ativa, desta vez de forma independente, para liderar um novo Esquadrão Suicida e, com a ajuda do Batman, evitar um confronto entre EUA e Rússia. O arco saiu em Suicide Squad #40-43; no Brasil, saiu numa edição única, em Superpowers #25.

 

1. A origem do Pistoleiro
A mais proeminente (e que pra mim merece estar no topo desta lista) das histórias “solo” do Esquadrão é a minissérie em 4 partes do Pistoleiro, que contou a origem do vilão. Vindo de uma família absurdamente rica e com diversos esqueletos no armário, Pistoleiro é forçado a confrontar seu passado quando seu filho é sequestrado, o que nos leva a descobrir o quão bizarra era a família do personagem e nos dá um vislumbre na sua psique. Se você ler essa história, vai entender porque um Pistoleiro interpretado pelo Will Smith e que só quer a filha de volta não é o Pistoleiro que vale. Aqui no Brasil a história saiu em DC Especial #4 (Abril), em uma única edição.

 

0,5. Primeira aparição da Oráculo
A posição meia boca que não é meia boca vai para a história que introduz pela primeira vez a personagem Oráculo. Nem todo mundo lembra que a versão que vale da Bárbara Gordon (falem o que quiserem do que Alan Moore fez com a personagem em a Piada Mortal, mas Oráculo é uma personagem muito melhor do que a Batgirl jamais seria) foi criada por Ostrander durante as histórias do Esquadrão. Apesar dela “aparecer” (no início, apenas como uma voz num computador – leva um tempo para descobrirmos que era Bárbara Gordon) diversas outras vezes, vale a menção da primeira – e rápida – aparição da personagem, em Suicide Squad #23 e, no Brasil, em Liga da Justiça Internacional #24.

 

Obs.: Preciso agradecer ao Guia dos Quadrinhos, cujo trabalho feLOmenal me permitiu achar as edições americana e brasileira de cada item sem que eu precisasse passar horas desencavando minhas hqs do armário.

Sair da versão mobile