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Top 7,5 Video Joguetes de 2016

Senhoras e senhores do juri, está quase na hora de jogarmos os dejetos de 2016 no ralo onde ele merece estar antes de começarmos mais uma longa jornada rumo ao próximo reveillón. E também temos que fazer uma recapitulação dos joguinhos que experimentamos nesses menos de 365 dias. Eu pretendia fazer essa lista no início de 2017, mas parece que vou estar roubando. Além disso, não vou ter que correr com os jogos que tinha separado e vou aproveitá-los melhor.

Apenas para noção geral, os jogos que eu iria correr para listar seriam: Owlboy, Hyper Light Drifter, Final Fantasy XV, Va11 Hall-A e Superhot. Desculpa a todos, mas vão ter outros prêmios… mentira, vão ter porra nenhuma. Foi mal.

De qualquer forma, faremos um top 7 esse ano porque só joguei 14 jogos que saíram em 2016, muito porque meu PC decidiu me abandonar e fiquei sem Steam por oito meses.

Ah, e já que ninguém mais do MdM vai fazer uma lista de jogos do ano, vou chamar isso aqui de prêmio MdM. Chora aí, Maximus.

7 – Oxenfree (PC, Linux, Mac, Xbox One e PS4)

Melhores do Mundo -

Oxenfree cava seu lugar no top 7 muito porque meu PC quase estragou minha experiência com The Witness, Street Fighter V saiu com quase nenhum conteúdo e Pokémon está me deixando bem puto pra completar a Pokedéx.

O que, de jeito nenhum, desmerece Oxenfree. O jogo é uma aventura de filme de terror dos anos 80, com gameplay limitado basicamente a escolha de diálogos e sintonizar um rádio para achar certas frequências. O terror não chega a assustar, mas ajuda a criar o clima de coisas bizarras que acontecem durante a história.

Contudo, o diálogo é a melhor parte do jogo. São conversas de adolescente extremamente críveis, com diálogos muito superiores a qualquer outra tentativa da indústria nesse quesito, como por exemplo, Life is Strange. Some isso a um humor ácido e o fato de você ir construindo relacionamentos e afetando a história de forma sutil (e realmente mudando o final, não como Mass Effect), e você tem um jogo extremamente prazeroso que te faz querer jogar novamente para explorar a árvore de diálogos.

O único defeito que eu apontaria é que a história fica meio confusa caso você não busque as informações do jogo, e ir atrás delas significa seguir lentamente pelo mapa sem nenhum diálogo te acompanhando, o que afetaria bastante o ritmo do jogo.

6 – Pony Island (PC, Linux e Mac)

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Pony Island é um daqueles jogos extremamente difíceis de falar porque qualquer coisa pode estragar a experiência. Até a imagem que eu escolhi acima acaba afetando a virada que o jogo faz nos primeiros minutos. Apenas confie em mim e jogue Pony Island, especialmente se gostou da maneira que Undertale brinca com os limites de um videogame. O preço base dele é de apenas 10 reais, e daqui a pouco tem promoção da Steam. Vá.

5 – Firewatch (PC, Linux, Mac, Xbox One e PS4)

Firewatch é o equivalente em termos de joguinhos a uma viagem solitária. Você arruma suas coisas, coloca uma música de violão no mp3 e sai para explorar o que o mundo tem a oferecer (com a ocasional sensação de que está passando perto de uma vizinhança suspeita). A diferença é que Firewatch é lindo, com uma direção artística fenomenal (ao contrário de uma viagem para, sei lá, o Peró), e você tem uma companheira com problemas de bebedeira falando pelo walkie-talkie.

Se os diálogos de Oxenfree são um exemplo em como retratar conversas de adolescente, Firewatch faz isso com adultos. Tudo é natural, tudo é bem encaixado, e você sente a vontade de ouvir essas duas pessoas conversando para sempre. Na pele de um guarda florestal, sua tarefa é andar pela floresta para identificar focos de fogo, espantar adolescentes fanfarrões e ocasionalmente descobrir coisas meio bizarras, tendo sua supervisora conversando com você enquanto isso.

É um jogo totalmente focado em uma história pessoal e intimista, que se destaca muito bem em um ambiente tão aberto. Foi o último que joguei para essa premiação, e que bom que fiz isso.

4 – Dark Souls III (PC, Xbox One e PS4)

Melhores do Mundo - Dark Souls 3 Nameless King of the Storm hardest boss

Dark Souls III está atualmente com um gostinho ruim na boca, por causa da DLC meia-boca e os obstáculos imbecis para se platinar, mas não tenho como negar que a aventura principal é sensacional. Controlando um novo escolhido por uma terra à beira do fim do mundo, DSIII remete aos outros jogos da série para dar um encerramento (mesmo que provavelmente momentâneo) digno à franquia.

O maior problema de Dark Souls III é a comparação com outros jogos da franquia, particularmente com o primeiro Souls e Bloodborne. Ele acaba sendo um meio termo entre os dois e tem dificuldades de se destacar, mas em nenhum momento é ruim. Suas fundações são tão excelentes que ainda assim é um puta jogo, com chefes memoráveis, combate afinado e aquelas mesmas situações que te fazem jogar o controle na parede e prometer nunca mais ligar essa merda.

Ah, e tem a luta contra o Nameless King. Não tem como um jogo não ser sensacional com uma luta dessas.

3 – Doom (PC, Xbox One e PS4)

Doom pode ser resumido pelo seguinte ciclo de gameplay:

Entra na arena, atira na primeira onda de capetas, enfia o punho pela goela de alguns para recuperar a vida, corre pelo cenário, pega novas armas, atira na nova onda, corre de novo, quebra a coluna dos satãs e parte pra próxima arena.

Todo o jogo é frenético, toda música é pesada, toda ação do personagem é exagerada ao extremo e… funciona. É o tipo de jogo em que você não tem medo dos inimigos, os inimigos é que deveriam ter medo de você. A fantasia de poder é elevada aos últimos níveis em Doom, e mesmo que ele seja bem difícil em certos pontos, em nenhum momento deixa o ritmo cair nos combates.

2 – Inside (PC, Xbox One e PS4)

Objetivamente, Inside é meu jogo do ano. É uma experiência curta, semelhante até um pouco demais com o antecessor espiritual Limbo, mas é polida de uma maneira que poucos jogos atualmente são.

Controlando um garoto sem nome em um mundo que quer te matar a qualquer maneira, você segue através de puzzles de plataforma e controle de horda sem nenhum diálogo ou texto, tendo apenas o cenário para contar a história. Perfeição é uma palavra muito forte, mas os controles de Inside não dão espaço para críticas, assim como a atmosfera do jogo.

E também tem o final. Assim como Pony Island, é o tipo de coisa que é bem melhor apreciar do que ouvir. Pelo polimento em todas as camadas do jogo, Inside merece totalmente o prêmio de Jogo do Ano de 2016. Só que…

1 – Overwatch (PC, Xbox One e PS4)

Eu amo Team Fortress 2. Tirando os Pokémon, foi o jogo que eu mais joguei na minha vida, a ponto de virar um daqueles babacas que saem de um time ruim porque não querem carregar ele nas costas.

Só que eu sei que não vai vir um Team Fortress 3. A Valve parou de fazer jogos desde que descobriu a vaca leiteira em Dota 2, e minha esperança de jogar um novo FPS com classes tinha ido pro buraco.

Até que veio Overwatch. Overwatch é em quase todos os níveis um Team Fortress 3, com vinte e tantos personagens à escolha e um constante trabalho da Blizzard em atualizá-lo. Ainda que ainda faltem modos de jogo alternativos e os mapas ainda pareçam poucos, ele sugou seis meses da minha vida em que eu jogava todas as noites em pelo menos quatro dias por semana.

Inside merece o prêmio de jogo do ano, mas não há como não escolher Overwatch. Pelo volume de jogo, pela diversidade de personagens e por ser o Team Fortress que eu achei que nunca mais teria, ele não tem como não receber esse prêmio.

0,5 – Fire Emblem Birthright

Fire Emblem veio em três sabores esse ano: Birthright, Conquest e Revelations. Conquest é difícil, tem personagens excelentes e gameplay variado (ou, pelo menos, variado o suficiente em um jogo de estratégia). Revelations é um meio-termo, com todos os personagens dos outros jogos (mais uns outros dois) e uma dificuldade moderada.

Birthright, por sua vez, tem péssimos personagens, gameplay repetitivo e dificuldade simples. Digo, ele claramente é um “Meu Primeiro Fire Emblem”, o que justifica o combate fácil, mas isso não é motivo para personagens tão idiotas, rasos e irritantes, nem o gameplay repetitivo.

Não há motivos para comprar Birthright. Nem mesmo os poucos personagens bons que ele tem (Jakob, Felicia, Azura e Kaze) valem o investimento, porque os melhores continuam em Conquest. Apenas vá jogar Conquest e Revelations no lugar e economize uns quarenta dólares.

Lojinha

VAI LER MEUS LIVROS PORRA

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