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Quem o Bátema pensa que é? Deus?

(com essa caralhada de MdM’s dos Grandes Lagos ocupando espaço, é melhor mostrar serviço pra manter a minha cadeira, né?)

Pois bem, deu no CBM: o Dia do Gibi di Grátis trouxe uma paradinha que deixou a geral bolada: a Morcega vai virar um novo deus? Surge Batron?

O lance é o seguinte: tô acompanhando a DC não, mas o Snyder e o Capullo fizeram o Batman cometer o sacrifício supremo ao final do arco Endgame – provavelmente passando dessa pra melhor (hum… onde eu já vi isso?). Mas ao mesmo tempo tá rolando a peleja contra o Darkseid e o Antimonitor na Liga da Justiça. Pois então, o que o Free Comicbook Day trouxe foi o Bátema sentado na Cadeira Mobius, que caso você não saiba o que é, trata-se da cadeira do novo deus Metron.

E o narrador dizendo que “viu nascer um novo deus”, para logo abaixo Batman dizer, a alguém chamado Jordan (óh! quem será?) que ele agora sabe tudo. O que, aliado às linhazinhas a lá TRON Legacy, dão a entender que sim, Bruce Wayne é o novo Metron.

Cara, e aí? Velho, se esse trem não for transitório, meramente parte dessa história e fim… Fico pensando que acaba sendo uma faca de dois gumes: por um lado, evolui um personagem de primeiro escalão, dando um andamento razoável à “vida” dele, convertendo um sujeito que sempre teve como principal recurso ser um “banco de dados” – de técnicas, de recursos, de pontos fracos, etc – no “banco de dados” supremo do DCU. É o tipo de coisa que tem grandes chances, por incrível que pareça, de agradar aos leitores velhacos, muitas vezes cansados do mais do mesmo de todos os meses. Entretanto, é também uma mudança radical demais, forte o suficiente para afastar novos leitores, que perdem as referências de entrada.

Ao mesmo tempo, são mudanças de status quo tão radicais (James Gordon como Bat-robô, Bruce Wayne Metron, Superman badboy-de-camiseta-moto-e-fazendo-curva-segurando-no-poste) que provavelmente têm o objetivo de deixar bem claro MESMO que a parada no DCU pós-Convergence é a velha máxima do Tim Maia: “tudo é tudo e nada é nada”, o catálogo da editora passa a ser um monte de elseworlds, fazendo com que aquele DC You seja mesmo o UDC que cada leitor quer.

Por mim, que advogo há anos que as majors deveriam jogar a cronologia pras picas, pode ser o começo de um novo tempo. Ou não , muito pelo contrário.

 

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