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Marvel e DC é coisa do passado a moda agora é namorar pelado outras editoras

Então, nerds amaldiçoados… Desde que a DC instaurou os Novos 52 na sua linha editorial as cosias pelas bandas de lá meio que se desvirtuaram pra um popular “acabou o amor”… Por várias vezes vimos notícias, boatos, declarações de artistas se mostrando descontentes com os rumos da administração da linha editorial, deixando de lado o feeling dos autores calejados pelo trabalho, substituindo isso por prospectos e estudos de mercado.

A editora meio que declarava oficialmente que os quadrinhos agora eram projetados pra vender, o aspecto comercial estava se sobrepondo as idéias, a concepção livre e criatividade dos autores… E isso não se resumiu à DC.

A Marvel também passou por diversas reformulações, acordos comerciais (e desacordos) interferiam no trabalho dos autores, eram proibidos de usar certos personagens por causa do cinema, outros por causa de tretas com estúdios e até brigas judiciais com antigos autores que reivindicavam autoria de personagens.

Com base nesse panorama, talvez seja mais fácil explicar essa “debanda” ocorrida nos últimos dias de grandes autores das duas maiores editoras americanas…

Grant Morrison, que foi nos últimos anos o pilar central dos grandes acontecimentos no universo heroizístico da DC foi se afastando aos poucos, reduzindo o numero de títulos pra fazer de Multiversity o seu “Gran Finale” na DC, depois de concluir algumas das melhores HQs dos últimos anos da editora o careca resolveu picar a mula de vez.

O cabra praticamente vive uma volta às origens, pois foi anunciado como substituto de Kevin Eastyman como o novo editor da Heavy Metal americana á partir de 2016… O autor que trabalhou por muito tempo na sua juventude em revistas com a mesma “pega” da Heavy Metal na Inglaterra, como a 2000 AD e juntamente com outros escritores ingleses notórios (Neil Gaiman e Alan Moore) foram os alicerces da criação de uma “pseudo Heavy Metal” dentro da DC, com o selo Vertigo, deve dar uma nova visibilidade pra publicação, já que tem uma legião de putinhas.

Além disso, o Deadline noticiou que autores consagrados como Garth Ennis, Amanda Conner, Jimmy Palmiotti, Paul Jenkins, Neil Gaiman e Jim Starlin se reuniram com o ex editor executivo da Marvel Mike Marts e o veterano autor da Caliber Joe Pruett pra lançarem a AFTER SHOCK.

Uma editora independente que vai publicar antologias e trabalhos autorais dessa galera toda de uma maneira que garanta a liberdade criativa a todos… a iniciativa terá um painel excrusívio na San Diego Comic Con e deve apresentar várias novidades.

Bão, depois desses dois duros golpes as editoras não devem ficar paradas, a Marvel reformulou toda sua linha de títulos, e nem esperou a Comic Con pra soltar a novidade…

A DC mesmo já anunciou uma leva de 8 minisséries que contam com alguns autores crássicos das antigas como Len Wein, Gerry Conway, Marv Wolfman, Mike W. Barr. e Keith Giffen, são elas:

Monstro do Pântano, por Len Wein
Homens Metálicos, por Len Wein
Ravena, por Marv Wolfman
Nuclear, por Gerry Conway
Katana: Culto à Kobra, por Mike W. Barr
Hera Venenosa: Ciclo de vida e morte, por Amy Chu
Metamorfo, por Aaron Lopresti
Sugar & Spike, por Keith Giffen

O que pode significar um “contra-ataque” a saída de tantos nomes conhecidos das suas fileiras… Sem falar que dizem na boca-miúda, que essas minisséries “fora da cronologia” que a DC planeja agora depois de Convergence devam dar mais liberdade criativa pros caras.

O que eu acho? Hum, parece realmente que as editoras abriram o olho, depois de tratarem caras do nível do George Perez como o cocô do cavalo do bandido, parece que agora perceberam o valor que essas figuras tem, e o público que eles conseguem arrebanhar pras revistas.

Essas iniciativas mercadológicas de se “projetar um título de sucesso” não sei se dá tão certo assim, os Novos 52 mesmo, a cada ano tinham uma renca de títulos cancelados que acabavam não dando certo… no fim das contas arregimentar novos leitores não parecia ser tão fácil assim pros executivos, e pelo jeito resolveram investir mais no público cativo, ou seja, os vermes velhacos que compram HQs há muito tempo, que conhecem os autores e que certamente compram títulos pela presença desses nomes.

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