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Justiceiro Anual #2

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Bom, antes de começar o review, tenho que dar o braço a torcer para o desenhista Mike Deodato Jr. A capa de Justiceiro Anual #2 ficou sen-sa-cio-nal!

Gosto muito do Justiceiro. Ao lado do Demolidor, Frank Castle é o meu “super-herói” (olha as aspas) preferido das HQs. Eu sempre compro qualquer coisa que sai do maior assassino da Marvel e fiquei feliz com a segunda edição anual lançada pela Panini, pois tem a mini Punisher: The End, que eu queria muito ler… vamos ao review!


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A Lista
Stuart Moore e C.P. Smith
Ótima história! Quem está a cargo da primeira parte do Justiceiro Anual é a dupla Stuart Moore e C.P. Smith, uma das melhores em atividade. Para quem não lembra, recentemente os dois fizeram histórias memoráveis com o Wolverine (veja o review aqui).
É natal. Todos os grandes chefes da máfia estão com suas famílias e atacá-los agora seria complicado, pois a morte dos familiares pode ser inevitável. Tá na hora de Frank atacar alguns peixes pequenos: ele vai investigar a história de um garoto de oito anos e um policial que foram mortos em um tiroteio.
Como falei antes, a dupla Stuart Moore e C.P. Smith é sensacional e essa história não fica para trás. Uma ótima trama, com um final bem triste.
Nota 9


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Noite de Paz
Andy Diggle e Kyle Hotz
Essa história aqui é fanfarrona. Forçada até o último pentelho, é só mais uma desculpa para colocar o Justiceiro vestido de Papai Noel e metralhando geral!
A história não tem nada de novo (Frank vai atrás de uma família de mafiosos, usando como isca um ex-consigliere que procura redenção oferecendo uma noite de Natal para as crianças de um orfanato) e é um clichê atrás do outro, mas até que você se diverte um bocado.
Na arte, Kyle Hotz faz um bom trabalho desenhando os tipos esquisitos da história.
Nota 6


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O Tigre
Garth Ennis e John Severin
Quando o Garth Ennis assumiu o Justiceiro há trocentos anos atrás, ele simplesmente fez a versão definitiva do personagem. Quando você pensa em Frank Castle, imediatamente as histórias do roteirista vêm à sua cabeça.
Inicialmente, os roteiros do Justiceiro do Ennis se baseavam em poucas regras: violência gratuita, personagens engraçados, violência gratuita, tramas bem arrumadas, violência gratuita, roteiros fechadinhos, violência gratuita e situações bizarras… ah, e também violência gratuita. E isso agradou todo mundo!
Porém, houve a mudança para o selo MAX. Os super-heróis coadjuvantes, o humor e as situações bizarras foram deixadas pra trás e Garth Ennis começou a explorar histórias sérias. Frank Castle não mais dava tiros no saco do Wolverine, mas ia atrás de vilões que exploravam o tráfico sexual e essas coisas. Frank deixou a esfera dos heróis e, muitas vezes, os desenhistas nem colocam a caveira branca no peito do personagem. Ele se tornou algo muito maior.
Ennis mudou o foco do Justiceiro e as histórias continuaram brilhantes, porém absolutamente diferentes das anteriores. Continuo lendo empolgadamente e me divirto muito… não senti falta da fase bizarra do Justiceiro, pois os roteiros estavam muito bons…
Até agora, quando li O Tigre.
A história tem uma premissa excelente: contar a infância do Justiceiro. Antes do Vietnã – antes mesmo da adolescência! Como era o Frank moleque? Como eram seus pais? Qual foi sua primeira experiência de morte? De onde veio sua ética?
Ennis responde todas essas perguntas, mas em uma história morna e séria demais. Com uma premissa fantástica como essa, o lado “cachorro louco” do escritor cairia como uma luva, mas não foi o que aconteceu.
O pequeno Frank ficou “burocrático” demais – assim como seus pais – e a arte de John Severin, embora muito bonita, não foi muito empolgante.
Acho que essa história poderia ter rendido bem mais.
Nota 5,5


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Justiceiro: O Fim
Garth Ennis e Richard Corben
Aaaah, sim! Chegamos à cereja do bolo! A história que vai contar os últimos dias do velho Frank Castle na Terra!
O resumo da história é simples: Frank finalmente é pego e está preso na penitenciária federal de segurança máxima Sing-Sing. Porém, uma guerra explode em um verdadeiro holocausto nuclear. Os únicos sobreviventes? O justiceiro e um outro criminoso da prisão, um velho chamado Paris.
Depois de um ano esperando a radiação baixar um pouco, Frank sai do abrigo nuclear e teima em ir a qualquer custo para Nova Iorque. Mesmo sendo os únicos vivos no planeta Terra inteiro… ou não?
História fantástica! É aqui que mostra o que o Justiceiro realmente faria se levasse sua missão ao extremo! Queria muito contar aqui a história toda, mas quero que vocês também se surpreendam lendo tudo.
Os desenhos de Richard Corben, como sempre, são estupidamente sensacionais. É realmente uma pena ele não aparecer muito no universo dos super-heróis… é uma pena que os fanboys prefiram Michael Turner, Jim Leexo e Joe Madureira a um cara como Richard Corben, que realmente mostra personalidade em seus traços.
História imperdível.
Nota 10.


Resumindo: Justiceiro Anual é compra obrigatória para quem é fã do personagem como eu. O problema é que, para os não-fãs, é uma compra arriscada… afinal, são 18,50 cascalhos de uma só vez. Pra mim, valeu muito a pena!


(Punisher: The Tyger, Punisher Xmas, Punisher: Silent Night, Punisher: The End). Formato americano, 180 páginas, papel Pisa-brite, distribuição setorizada, R$ 18,50.

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