Das Antigas: Karate Kid I

O inimigo não merece compaixão, senhor!“; “Daniel-San, concentre-se Daniel-San“, “aprender a lutar para não lutar“. Estas e muitas outras frases são as pérolas de Karate kid I dirigido por John G. Avildsen (que também dirigiu Rocky e Rocky V) e escrito por Robert Mark Kramen (que escreveu um monte de filmes “baba” de ação como O Gladiadornão, não é aquele com o Russel Crowe – e Kiss of the dragon). O filme conta a história de um jovem tímido em uma nova cidade (alguém aí falou em nerd?) que começa a aprender caratê com um veterano japonês para recuperar sua autoconfiança e se impor contra uma gangue de rapazes que lhe torra o saco.

Pensando bem hoje, Karate kid não é nada demais. Na verdade, o enredo segue a mesma linha de tantos outros e eu já vi alguns serem igualzinhos à película estrelada por Ralph McChio (Daniel LaRusso) e Pat Morita (Sr. Myagi – como se vocês não soubessem, né?). Mas, apoiado em uns detalhezinhos, o filme fez uma enorme diferença colocando-se como um dos clássicos mais emocionantes da sessão da tarde. Quem aí nunca repetiu aquele golpe do final? Alguns detalhes que diferenciam o filme:
– Daniel San: Ralph McChio era um ator de talento, mas infelizmente desapareceu após o sucesso do filme. Além disso, ele encarnava o próprio personagem: um sujeito com potencial, mas ainda sem saber como se impor (acho que a maior vingança dos nerds nos Estados Unidos são nesses filmes). Tanto que conseguiu encarnar o mesmo personagem por mais dois filmes.
– Aluno e mestre: poucas vezes no cinema comercial uma dupla tinha tanta afinidade quanto Morita e McChio. O primeiro era o próprio estereótipo do grande mestre (se Yoda fosse terráqueo, seria Pat Morita) enquanto que McChio era a mais sucinta encarnação do aprendiz.
– Ação, oras: as lutas não eram enormes e nem acrobáticas. Eram curtas e absolutamente simples. Muito do sucesso das lutas era que lembravam uma briga de rua comum, mas só que com artes marciais. Isso convencia qualquer espectador, pois o mais importante não era Daniel sobreviver, mas sim vencer o campeonato.


Daniel San: eu não disse que lavar carros te tornava um ninja?

O roteiro simplérrimo, mostra o jovem Daniel-San (“Daniel San, concentre-se Daniel San!” Caramba, eu adoro dizer isso) aprendendo não simplesmente a lutar, mas que o caratê poderia ser mais do que uma forma de luta (“aprender a lutar para não lutar“). O triunfo de Daniel é sua vitória perante a cidade estranha e o mundo que não é dele. Afinal de contas você é legal, Daniel. Senhor Myagi, nós conseguimos.
Aguardem os próximos posts para outras informações.
Update: Vocês sabiam que Karate Kid era o nome de um personagem da Legião dos Super-heróis e que a DC Comics autorizou este nome para o título? Inclusive, no final do filme há um agradecimento especial para a editora.
Blogman é capaz de repetir um monte de frases da trilogia Karate Kid
Sair da versão mobile