Cinema

Alex Proyas FRANKITOU!

A regra é clara, amigo quatro linhas frankitou, perdeu!

Frankitar, v.i.,

  1. agir como Frankito.
  2.  reagir de maneira exacerbada em relação a uma provocação, existente ou não, podendo se fazer uso de palavras de baixo calão, ofensas familiares ou demais formas de agressão.

Você lembra do Alex Proyas? Também, pudera, o cara é meio das antigas.

Lá nos idos dos anos 90, o diretor australiano nascido no Egito (que irônico) foi responsável por dois filmes bem importantes pra cultura pop, que ajudaram a definir toda uma estética que você provavelmente ainda curte ou já está de saco cheio de ver em tudo o que é canto: O Corvo de 1994 e Cidade das Sombras de 98.

Ambos ajudaram a definir o estilo “mamãe sou gótico suave mas curto uns metal industrial” que ficou tão popular nos anos seguintes, sobretudo com o advento (bonito, né?) de Matrix e suas cópias descaradas.

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Responda rápido – é uma cena do filme ou uma COMIC CON dos anos 90?

Então, porque dessa introdução toda? Acontece que o cara lançou esse ano agora a superprodução Deuses do Egito, que se eu bem entendi o trailer é uma espécie de Stargate misturado com Super-heróis, com um toque daquele chorume que restou depois que hollywood acabou de espremer o conceito e a estética de 300 (Fúria de Titãs, Imortais etc).

Bem, se não for isso agora também não importa porque o diretor, motivado pelas péssimas críticas que o longa vem recebido (12% no Rotten Tomatoes!) deu um ataque de pelancas no melhor meio possível para fazer isso – o Facebook. E como barraco é uma das nossas especialidades, segue uma coleção de trechos, curada por mim, ComentáriosDoLojinha Style.

NADA CONFIRMA ESTUPIDEZ GALOPANTE MAIS RÁPIDO do que ler críticas dos meus próprios filmes. Eu geralmente evito essa experiência – mas essa agora valeu a pena. Muitas vezes, para meu deleite, um crítico menciona meus filmes passados com termos cintilantes, quando os mesmos na sua época eram atacados, como que para demonstrar o quanto eu decaí na mediocridade.

Eu raramente tive boas críticas… em nenhum dos meus filmes, a não ser daquelas pessoas que pensam por elas mesmas e tem suas próprias opiniões.

Eu acho que tenho a mania de lidar com críticos da pior maneira – sempre tive. Dessa vez, claro, eles estão tendo um trabalho maior – dilacerando meu filme enquanto tentam fazer suas bundas brancas parecer politicamente corretas ao gritar ‘white wash!’ como os idiotas dementes que são.

Eles falham em perceber, ou escolhem não entender, sobre o que esse filme é

Parece que a maioria dos críticos passam seu tempo tentando imaginar o que as pessoas querem ouvir. Como você faz isso? (…) basta navegar na internet para ler outras críticas e ver o que os blogueiros estão dizendo, não importando o quão errada essa opinião pode ser até mesmo antes do filme sair

Tranque um crítico num quarto com um filme que ninguém nunca viu e ele não vai saber o que fazer dele. Porque ao contrário do que um crítico deveria, provavelmente, ser eles não tem gosto pessoal ou opinião porque baseiam suas críticas somente no status quo. Nenhum deles é corajoso o suficiente para dizer ‘bem, eu gostei’ se isso for de encontro ao consenso.

Agora nós temos um bando de abutres doentes bicando os ossos de uma carcaça moribunda, tentando bicá-la no ritmo do consenso. Eu aplaudo qualquer espectador que valoriza sua própria opinião o bastante para não se basear no que a mentalidade-de-rebanho diz que é bom ou ruim.

Não tá, pera, calma lá. Então é pra valorizar quem tem opinião própria, mas só se achar os filmes do cara bons. Se achar ruins é porque você é maria-vai-com-as-outras né? HAUAHUAHAUH

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ATÉ DÁ PRA ENTENDER O CARA quando ele fala que parte do trabalho dos “críticos” de hoje é ecoar resenhas ruins, mas isso só acontece porque os filmes SÃO RUINS, cacete. Não é falta de coragem de dizer que gostou ou não dum filme, é vergonha na cara de separar opinião de análise. Se o seu filme é fraco, ele é fraco. Não interessa o quanto eu goste, por exemplo, de Super Mario Bros. – O Filmeainda é um dos piores usos de uma fita VHS, logo abaixo de usá-la para fazer chá e ver, “de verdade”, dinossauro e cogumelo por aí.

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Eu gosto desse filme E de escrever pro MdM. Será um sinal?

Enfim, se eu já não tava querendo ver o filme (cujo maior mérito no Brasil, parece, é ter no elenco um ator de Game of Thrones) agora que eu não vou ver mesmo. Frankitou, perdeu, rapá. Pelo menos tenha a honra e a dignidade dum Michael Bay, que caga pra críticas do topo dos seus milhões.

Ou dum Uwe Bowl, que desafia crítico pra porrada – E GANHA.

Até dá pra perdoar aquela adaptação de The House of The Dead, até porque eu tenho amor aos meus dentes.

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